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Gisele Camargo: Luas, brutos e sóis

13/10/2018 - Por ArtRio

No dia 18 de outubro, Luciana Caravello Arte Contemporânea inaugura a exposição “Luas, brutos e sóis”, com seis pinturas inéditas, em grandes dimensões, da artista Gisele Camargo, que ocuparão todo o espaço térreo da galeria. Os trabalhos foram produzidos este ano, nos últimos três meses, mas fazem parte de uma pesquisa inédita da artista iniciada há três anos, que traz uma nova paleta de cores e novas experimentações da paisagem.

Obras de três séries distintas, que se relacionam entre si, estarão na mostra. Uma delas é “Brutos”, com pinturas originadas a partir da ideia de colagens, remetendo à justaposição de rochas, pedras e minérios. Esta série traz formas fragmentadas, de cores distintas, que ganham volume sobre um fundo neutro. Haverá, ainda, pinturas da série “Modificações”, com paisagens abstratas, mais pictóricas, que tem a ver com as modificações geológicas, e a série “Luas e Sóis”, com paisagens simbólicas, em
pinturas mais gráficas. “Procuro formas que simbolizem algo, como o brilho da lua no rio, por exemplo”, diz.

O trabalho da artista sempre girou em torno da relação do homem com a paisagem, mas esse cenário era mais urbano, mais minimalista, permeando questões como lugar e a arquitetura, com ângulos retos e contrastes entre luzes e sombras. A mudança no trabalho começou quando a paisagem ao redor da artista foi modificada.

Uma viagem para o deserto de Cuyo, na Argentina, e a mudança de residência do Rio de Janeiro, onde nasceu, para a Serra do Cipó, em Minas Gerais, influenciaram diretamente seu trabalho. “O deserto é repleto de significados, existe o vazio, a solidão, que te obrigam a entrar mais em contato com você mesmo. A partir disso, a cor também começou a entrar no meu trabalho, a partir das cores do deserto”, conta a artista que costumava usar apenas cores mais gráficas, objetivas, como preto, branco e vermelho. Morar em meio à natureza, em uma das maiores reservas ambientais do Brasil, com natureza intocada, também fez o trabalho da artista tomar um novo rumo.

“Com a paisagem diferente, o trabalho sofreu uma mudança grande. Uma parte da minha vida foi urbana e agora me propus a lidar mais com a natureza, experimentando essa outra relação”, conta.

A exposição vai até o dia 17 de novembro. A Luciana Caravello Arte Contemporânea fica na Rua Barão de Jaguaripe, 387 – Ipanema. Funcionamento: de segunda a sexta, das 10h às 19h. Sábado, das 11h às 15h.
Entrada gratuita.

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